terça-feira, 10 de outubro de 2006

Paulo Filipe nasceu em Toronto, Canadá, no dia 10 de Janeiro.

Seus pais, Edmundo Carreiro Botelho e Lúcia da Conceição Raposo Martins, são naturais de S. Miguel, Açores.

Embora tenham emigrado muito novos para o Canadá nunca deixaram de ouvir música portuguesa no seu lar e por isso Paulo Filipe foi embalado ao som da mesma, muito especialmente o Fado.
Habituando-se a escutá-lo nas vozes de Frei Hermano da Câmara e Amália Rodrigues, entre outros intérpretes, a Canção Nacional Portuguesa virou paixão.

Este jovem, de uma impecável postura, personalidade, inteligência e sensibilidade extraordinárias, desde muito pequeno sempre mostrou vocação para artes.

Aos 8 anos foi viver com seus pais para a Ilha de S. Miguel mais precisamente na freguesia da Lagoa onde aprendeu a falar Português frequentando a escola primária daquela freguesia.
Teve enormes dificuldades no início daquela transição não só pelo facto de não falar o idioma português mas também por ter sido considerado um desconhecido pelos restantes alunos que constantemente se interrogavam sobre a sua aparência estrangeira a qual lhes causava uma certa curiosidade.
Alí permaneceu quatro anos durante os quais tomou parte no Grupo Cultural de S. Pedro bem como nas marchas populares da mesma freguesia levando-o a aprender e a gostar do Folclore bem dos costumes da gente micaelense. Talvez devido a essa experiência nunca mais deixou de falar a Língua de Camões e hoje sente um enorme regozijo em ser português.

Com douze anos de idade voltou para Toronto, sua terra natal, e foi a partir dessa altura que começou a descobrir aonde seu coração estava situado que era exactamente no Canada aonde viviam seus avôs paternos; Alfredo José Botelho natural do Livrameto e Maria da Conceição Carreiro Botelho de S. Roque, Ilha de S. Miguel, pelos quais nutre um sublime amor.
Recorda os tempos em que ouvia seu saudoso avô cantando os fados; Não Venhas Tarde de Carlos Ramos e Aquela Janela Virada Pró’Mar de Tristão da Silva que por certo o influenciaram de sobremaneira.
Paulo Filipe recorda nostalgicamente seu avó paterno e os momentos que com ele conviveu porque este jovem que irradia um enternecedor sorriso tem um coração d'ouro e sabe conquistar amizades e guardá-las religiosamente.

Aos 14 anos descobriu um talento, que até então, do qual nunca se havia apercebido: cantar.
Durante a sua tenra idade sempre sentira o desejo de ecoar a sua voz mas por ser envergonhado chegou mesmo a pensar que não tinha jeito nem toada para o fazer. Apenas tinha feito parte do grupo coral da Escola Primária de Saint’s Maurice à qual havia pertencido.
Mas um dia uma colega disse-lhe que ele tinha uma bonita voz e que deveria perseguir uma carreira artística. Foi então quando se aventurou a registar-se para o concurso Canadian Idol chegando mesmo à terceira etapa e a ser reconhecido como um potencial vocal.

Paulo Filipe não teve a oportunidade nem a possibilidade de continuar uma educação académica superior, como teria sido seu desejo, por ter começado a trabalhar muito cedo enfrentando os problemas quotidianos a sós o que indubitavelmente lhe rendeu uma experiência na vida que lhe veio a ser muito útil mais tarde. Talvez a isso se deva a sua persistência e insistência em realizar os seus sonhos nomeadamente o de ser cantor profissional.

Um dia ao fazer uma pesquisa sobre música portuguesa descobre o portal www.venuscreations.ca que então tentava recrutar cantores para perticiparem no seu projecto anual denominado Amor de Artista.
Entusiasmado com o que acabava de descobrir contacta aquela organização e submete-lhe uma gravação à Capela que foi mais do que suficiente para demonstrar, aos responsáveis por aquela organização, a sua voz maviosa, romântica e bem timbrada. E assim estava dado o seu primeiro passo para uma possível carreira artística que por certo há-de-se desenvolver com o apoio inegável de Joe Furtado que tudo fará para que isso aconteça.

Euclides Cavaco, reconhecido poeta, actualmente vivendo em London Canadá, escrevelhe Lençóis de Fado o qual é musicado por Alfredo Gago da Câmara.
Com esta sugestiva composição participa no projecto Amor de Artista de 2006 e já foi eleito duas vezes como artista preferido pelos usuários da www.venuscreations.ca da qual Paulo Filipe é Secretário, Tesoureiro, responsável pelo Departamento das Relações públicas e Webmaster.

Sua paixão na vida é a musica mas muito especialmente o FADO por este ser, no dizer de Paulo Filipe, a expressão da alma portuguesa onde habita o sentimento mais profundo que só se revela em forma de canto.
Seus Fadistas preferidos são os mais antigos tais como Maria Teresa de Noronha, Fernando Farinha, Fernando Maurício e Amália Rodrigues entre outros. E comenta: Sei que o Fado nasceu comigo eu é que nasci no país errado, mas cantando-o sinto-me feliz. “Cantá-lo-ei enquanto a minha voz o permitir porque para mim não existe outro género de música que faça meu coração feliz”.


Aprecia os trabalhos de Mariza, Camané, Ana Moura e Aldina Duarte pelo seu conteudo poético e talvez baseado nos mesmos vai adquirindo poemas que farão parte de um reportório que está preparando para um projecto discográfico a gravar em breve, enquanto que simultaneamente aprende a dedilhar a Guitarra Portuguesa com o conhecedíssimo guitarrista António Amaro.
Para tal será recipiente de uma bolsa de estudo do saudoso Mariano Rego’s Memorial Fund que lhe será entregue oportunamente.

Paulo Filipe é a mais recente revelação fadista da Comunidade Portuguesa de Toronto e cremos que com todos os seus predicados e prodígio muito em breve a sua voz doce e romântica será conhecida por todos os portuguêses que adoram a Canção Nacional.


Avelino Teixeira
Contacto:
paulofilipe@rogers.com
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